ACÁDIA

ܟ  Introdução   

  Os acádios, grupos de nômades vindos do deserto  da Síria , começaram a penetrar nos territórios ao norte das regiões sumérias, terminando por dominar as cidades-estados desta região por volta de 2550 a.C. Mesmo antes da conquista, porém, já ocorria uma síntese entre as culturas suméria e acádia, que se acentuou com a unificação dos dois povos. Os ocupantes assimilaram a cultura dos vencidos, embora, em muitos aspectos, as duas culturas mantivessem diferenças entre si.

ܟ     Arte Acadiana

Escultura em Bronze

A figura de Sargão da acádia, é bem notável visto que tanto ele como seus sucessores foram os primeiros chefes mesopotâmicos que se proclamaram abertamente reis e manifestaram a ambição de governar a terra inteira. Sob os acadianos, a arte da Suméria enfrentou a nova missão de glorificar a pessoa do soberano. A mais conhecida deste gênero é a magnífica cabeça de bronze encontrada em Niníve.

  • Descrição das Imagens

Cabeça de um soberano Acadiano, Niníve,c. 2300-2200 a.c. Bronze, alt. 0,30m. Museu do Iraque, Bagdá.

    Podemos destacar a cabeça em bronze de um soberano acadiano, encontrada em Niníve. Apesar de ter olhos vazados (antes incrustados de materiais preciosos), conserva um ar majestoso, de comovedora humanidade. Igualmente admirável é a riqueza do enquadramento do rosto. O cabelo entrelaçado e a barba finamente encaracolada são tratados com incrível precisão, sem no entanto, perderem o seu caráter orgânico, nem majestade com uma segurança que denota autêntica maestria. É um retrato á altura das maiores obras de arte de qualquer época. Expressões da tendência para a estilização e para a geometrização.

Estela da vitória de Naram – Sin, c. 2300-2200 a.c. Pedra, alt.1,98m. Louvre, Paris.

     A estela de Naram- Sin neto de Sargão, é uma obra bastante interessante e importante para entendermos a arte deste povo acadiano. Com isso Naram- Sin, imortalizou- se e ao seu exército no baixo relevo de uma grande estela – laje erguida como monumento comemorativo. Vemos as tropas reais avançando por entre as árvores de uma encosta de montanha. Acima delas, Naram – Sin, solitário e triunfante, perante os inimigos que imploravam clemência, avulta com a mesma força dos seus homens, mas a maior estatura e a posição isolada conferem- lhe uma condição sobre- humana. Além disso, traz a coroa e dez chifres reservada aos deuses. Acima dele, apenas os cumes das montanhas e os astros, as suas “boas estrelas”. É o monumento mais antigo que se conhece a um conquistador.  Nos baixos-relevos a figura principal aparece muito mais ao alto que as outras, em relação ás quais também apresenta maiores dimensões; está sempre sobrepujada pelo astro-rei, ou ostenta os símbolos do próprio poder. Em geral, é descrito o episódio principal que resume todos os outros.